Você já empacou na criação de um conteúdo? Já tentou transformar uma ideia em texto e não conseguiu colocar no papel? Já sofreu bloqueios criativos? Então, leia esse artigo até o final, pois eu vou te ensinar uma técnica que já me ajudou bastante nesses momentos.
Nos últimos meses tenho tido muitos clientes de mentoria. É uma alegria colaborar com eles na construção de seus posicionamentos na internet, das suas estratégias de conteúdo e vê-los conquistando clientes e resultados. Porém, percebi em certo momento um efeito colateral. Ao ajudar tanta gente com seus conteúdos, criar os meus próprios conteúdos estava se tornando um processo mais sofrido.
Sim, deu o famoso branco.
Como grande parte do meu trabalho envolve a criação de conteúdo, não posso me dar ao luxo de esperar a “inspiração” voltar. Recorri a uma técnica que já me foi útil em outros momentos como esse.
Uma velha conhecida, que me serviu mais uma vez.
Escrita em queda-livre
A escrita em queda-livre (free fall writing) é um método criado pelo escritor best-seller canadense W.O Mitchell e consiste em escrever sem interrupção, provocado por uma pergunta inicial, durante um tempo pré-determinado.
A cereja do bolo é que isso tem que acontecer ao som de música boa, escolhida a dedo para estimular o processo.
O objetivo é tirar ideias do papel sem preocupação com a forma, registrar o fluxo do pensamento sem interrupção, estimular o pensamento divergente e desbloquear o processo criativo.

Você precisa, portanto:
1 – De um lugar confortável, sem interrupções e de material adequado (a caneta não pode falhar, o papel não pode acabar e a música não pode parar de tocar).
2 – Música boa que estimule o processo (evite os sucessos do momento, músicas que você goste a ponto de querer cantar junto ou que capturem sua atenção mais que a tarefa). Importante: a música tende a dar a cadência da escrita.
3 – Uma pergunta aberta para iniciar o processo. Nas últimas semanas, propus as seguintes questões: “Por que eu desejo escrever sobre o tema (insira aqui um tema de seu interesse)?” e “Como faço para ser mais criativo hoje?”
4 – Escrever sem parar até o final do exercício. Aqui cabem duas observações: (4.1) você não precisa escrever rápido, apenas não pode parar; (4.2) se faltarem pensamentos claros, registre o que está ao redor, os pensamentos divergentes que nada tem a ver com a pergunta, as frases que estão vindo em mente para te sabotar. Se vire, apenas não tire a caneta do papel.
Por que funciona?
Porque separa a concepção da crítica. Fazemos isso o tempo todo. Criamos, julgamos e destruímos as ideias antes mesmo de dar-lhes tempo suficiente para existir. O momento de criar e de criticar jamais devem coexistir.
Porque inibimos o pensamento consciente e vasculhamos o inconsciente. O início costuma ser parecido: usamos recursos óbvios e clichês. Como não é permitido parar de escrever, a mágica começa a acontecer quando os velhos truques terminam.
Quanto mais tempo durar, mais profundo será o exercício. Experimente fazer por mais de três músicas e depois me diga o que aconteceu.
Já apliquei essa dinâmica em treinamentos e é comum ver gente que entra em estado de fluxo e não para de escrever quando as músicas terminam. Aliás, a escrita em queda-livre funciona bastante para momentos de brainstorming e para iniciar trabalhos criativos com equipes.
Lembre-se do objetivo
Repito, deixe a crítica de lado, pois ela vai estragar o processo. As ideias sem sentido não podem bloquear as que fazem.
O que foi escrito é para você, não será publicado ou lido por outros, então apenas curta a jornada.
Se jogue.